Um Único Deus e Muitas Culturas

Sempre me intrigou o fato de que, em quase todas as culturas, antigas ou modernas, há alguma noção de um ser supremo, de uma força criadora que transcende o mundo material. Os nomes variam: chamam-no de Deus, Alá, Brahman, Criador, Grande Espírito... Mas a essência, essa busca por um princípio originador, é universal.

Como deísta, creio que essa diversidade de crenças é o reflexo natural da liberdade que Deus nos deu. Um único Deus, eterno e inteligente, criou o universo e nos presenteou com razão, cultura e sensibilidade — capacidades que moldam diferentes interpretações sobre Ele, de acordo com o tempo, o espaço e a experiência de cada povo.

Para mim, essa multiplicidade não nega a unidade divina. Pelo contrário: revela o quanto Deus é maior do que qualquer doutrina. Ele não está preso a uma língua, a um templo ou a uma escritura específica. Sua obra é visível no funcionamento da natureza, na vastidão do cosmos e na própria diversidade humana.

A pluralidade de culturas é como um coro de vozes diferentes entoando a mesma melodia fundamental: a busca por sentido, por conexão, por transcendência. O deísmo me convida a reconhecer e respeitar essa pluralidade, sem abrir mão da convicção de que há um só Deus, cuja presença se manifesta na beleza e na razão presentes em todas as partes do mundo.

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