Ateu não, Deísta
Sempre me perguntam sobre minhas crenças, quando digo que não congrego em alguma comunidade religiosa, e a minha resposta costuma gerar surpresa. Não, não sou ateísta.
Acredito que há algo maior, uma consciência suprema que rege o universo, mas não me apego às doutrinas religiosas tradicionais.
Para mim, Deus não é uma figura que intervém diretamente na vida humana. Ele não escreve destinos, não exige adoração, nem impõe regras morais. Em vez disso, vejo Deus como a força criadora do universo, a inteligência por trás da ordem natural, aquele que dá início a tudo, mas permite que a existência siga seu próprio curso.
A ciência e a razão são meus guias, e nelas encontro beleza e sentido. O movimento dos planetas, as leis da física, a complexidade da vida… tudo isso me leva a crer que há um princípio organizador. Mas diferentemente dos teístas, não acredito que esse princípio interaja conosco da maneira descrita pelas religiões. Por isso, sou Deísta.
O deísmo me dá liberdade para explorar, aprender e refletir sem medo de dogmas ou punições divinas. Me permite admirar o universo e seu mistério sem precisar encaixar respostas prontas. Minha espiritualidade está na contemplação do cosmos, na busca pelo conhecimento e na conexão com algo maior, sem necessidade de rituais ou textos sagrados.
Sou deísta porque, para mim, a existência tem propósito, mesmo que não possamos compreendê-lo completamente. E isso, por si só, já é fascinante.