VIRTUDES CARDEAIS
- A Mulher Vendada – Justiça (Dikaiosýnê):
A venda é uma representação clássica da imparcialidade. No estoicismo, a Justiça é a virtude de dar a cada um o que lhe é devido, com equanimidade e retidão moral. Essa figura sintetiza o ideal da ação ética livre de favoritismos ou paixões.
- A Coruja – Sabedoria (Sophia):
Tradicional símbolo da filosofia, a coruja encarna o conhecimento profundo e a capacidade de enxergar além das aparências. Para os estóicos, a Sabedoria é a virtude central: saber o que é bom, ruim e indiferente — e agir em conformidade com a razão.
- O Leão – Coragem (Andreia):
O leão representa força controlada, bravura e firmeza diante da adversidade. A Coragem estoica não é agressividade, mas a resiliência tranquila diante da dor, do medo ou do infortúnio, mantendo a virtude como guia mesmo sob pressão.
- A Talha de Vinho – Temperança (Sôphrosýnê):
Embora o vinho seja símbolo de prazer, a talha dourada sugere contenção e valor. Temperança é a arte do equilíbrio: não negar os prazeres, mas moderá-los com prudência. Aqui, o recipiente indica a virtude de conter excessos e cultivar a medida certa.
Esses elementos, vistos sob a lente do Estoicismo, apontam para uma dimensão essencial da vida virtuosa.